Doenças sexualmente transmissíveis

Em tempos idos, quando aqui cheguei, por volta de 1977, vindo da Espanha, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais frequentes eram a gonorréia, causada pela bactéria conhecida por Neisseria gonorrhoeae, com aquele sintoma característico de dor a micção e secreção uretral amarela, inconfundível, as uretrites brancas, causadas por outros microorganismos, de mais difícil cura e recidivantes, entre eles a Clamídia Tracomatis, Ureoplasma Ureolyticum e o Mycoplasma hominis. Os cancros moles e duros, o primeiro causado por uma bactéria de nome Hemophilos Ducrey e o segundo pelo Treponema Palidum, agente causal da Sífilis, que se não tratada pode evoluir a outros estágios com complicações pertinentes a vários órgãos à distância.

Hoje a gonorréia pura é praticamente das menos prevalentes. Enquanto as verrugas venéreas, conhecidas popularmente por Condiloma Acuminado, ou Jacaré de Crista, cientificamente conhecia por HPV, são cada vez mais presentes em nosso consultório. O tratamento destas lesões, que também podem recidivar é na região afetada. Através da cauterização pelo eletrocautério, sob anestesia local.

Os cancros moles e duros devem ser identificados no começo da doença. Por exames de laboratórios precisos, em tempo oportuno.

O Linfogranuloma venéreo, bem mais raro nos dias de hoje, se manifesta por uma linfoadenopatia inguinal, que pode vir a furo espontaneamente, sem maiores complicações.

O Molusco Contagioso e a Donovanose são quase figuras de exceção nos consultórios de urologia.

Nunca seria demais recordar que por trás de todas estas patologias pode estar a falta de higiene e a promiscuidade sexual. A fimose, ilustrada em capítulo anterior, é uma das causas mais frequentes de todas estas patologias de contaminação pelo sexo.

Gonorreia