Continuo a acreditar

Sempre cri na liberdade de ir voltar. Na esperança que em tudo que a gente deposita a nossa fé se consegue algum dia.

Creio num ser superior. Mesmo que Ele não se mostre em sua verdadeira pessoa. Que seja andando pelas águas descalço ou distribuindo peixes num lago seco onde peixes não existam.

Acredito em várias nuances de amor. Pois são tantas que nem sei contar nos dedos das duas mãos.

Tenho fé, embora não tenha costume de tomar café com pão e manteiga bem cedo ao acordar.

Apraz-me acreditar que o bem sempre vença o mal. Embora na maior parte das vezes o revés aconteça.

Acredito no poder da oração. Na crença de que o bom coração faz bem à saúde. E de que de nada adianta virar a cara aos desafetos se um dia você pode precisar de distribuir afeição a todos aqueles que cruzam pelo seu caminho. Que pode ser cheio de pedras ou de espinhos.

Ou de rosas perfumadas ou de lírios amarelos do campo. Ali nascidos sem serem semeados.

Creio que quem semeia abraços e carinho acaba colhendo gentilezas e bons augúrios.

Pois creio ainda que gentileza não só atrai gestos de amizade genuína como também sorrisos e apertos de mãos mesmo a desconhecidos.

Continuo a acreditar, partindo da premissa que o bem sempre sobrepuja à maldade. Mesmo que as evidências tentem nos provar o contrário. Neste mundo tao contraditório. Tão díspare e desigual. Onde só amealham qualidades e virtudes aqueles que guardam somas polpudas de dinheiro ao tentar esconder a grana em malas mais tarde descobertas em apartamentos alugados.  Jurando que aquela graúda quantia não lhe pertence. E sim é fruto de um propinodutos que, ao invés de desaguar no mar serve como cala-te boca de julgadores venais. E quantos deles pululam país afora.

Creio no voto que dei. Manifesto nas urnas eletrônicas no dia de ontem. Lá pelas oito da manhã de um domingo. Dia de magna importância para a nação brasileira. Dia de escolhermos, bem pensado, no mais capacitado. No mais idôneo e competente. Naquele candidato sem nada que o desabone. Tendo no Curriculum Vitae uma extensa e sem controvertidas passagens pela universidade que ele cursou. Sendo sempre um aluno exemplar. Mesmo que com notas baixas tenha dado exemplo de civilidade e atos que não o desabonem.

Melhor ainda que tenha cursado uma carreira que entenda e nos faça entender que a administrar o bem público trata-se de uma arte. Como lindas são as pinturas de Pablo Picasso. Ou mesmo uma de Monet.

Continuo a acreditar que meu voto a presidente de nosso país, do qual dizem tão mal, sonegam fatos de rico altruísmo e de solidariedade, foi o mais acertado. Coisas e loisas que os brasileiros dão o exemplo aos quatro cantos do mundo. Soberbamente nas tragédias tantas por que temos passado. Exemplos se mostram corriqueiros. Não somente recentemente ou num passado já quase esquecido.

Já é de público conhecido que votei, para presidente, neste candidato falastrão. Que fala pelos cotovelos. Vocifera besteiras em resposta às perguntas idiotas e capciosas que alardeiam inverdades. Sobre o qual dizem que sua familia, composta de filhos políticos, nada tenham feito pelo nosso amado Brasil. Salvo amealharem fortunas às custas de rachadinhas. Mas quem há de me convencer, por a mais b, que o nosso atual presidente, o qual espero que se reeleja, no segundo turno, tenha sido cúmplice ou mentor principal destes atos falhos que me atirem a primeira pedra.

Acredito, e repito, que no segundo turno destas eleições vou persistir no meu voto. Ipsis literis. Tal e qual.

E, mesmo que meu voto seja um retumbante fracasso. Que vença o quatro dedos de uma das mãos. Aquele gatuno que foi preso e solto. Por juízes venais. Que me cortem um dos dedos. Eu toleraria. Mas que me cortem a inspiração. Isso não sou a favor. Jamais.

Continuo a acreditar na decência. Na ética. No trabalho honesto. Nos homens de bem como foi meu saudoso pai.

E ainda acredito. Que o melhor para o nosso amado Brasil é continuar a votar no 22.

Os do contra não me levem a mal.

Cada povo tem governo ou o desgoverno que merece.

Tenho dito e escrito.

 

 

 

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