A veize do radim de pia do Sô Pirunga

Pra quem não cunhece o Sô Pirunga quando vivo não sabe a perda que perdeu.

Ele não só era um home bão como umirde cumo ele sozinho.

Nascido  na distante perto Macuco. Cidadezinha que nem cidade é.

Em verdade Macuco, nome desgraçado botaram naquele arremedo de cumunidade.

Pois entendo como macuco uma sujeirinha encardida que num sai nem com esfregão de bom bril. Nem com gasolina, com o precin que tá, misturada com querosene, combustive que faiz avoá avião, dá conta de tirá nem bota.

Gente nascido com um umbigo interrado dibaixo de um pé de banana, que seja nanica ou cumpridinha, em Macuco, que em verdade pertence a outra cidade pertin de nome Itumirim.

Num é batizada lá nem acolá. Em verdade os macuquenses são atendidos aqui na cidade dos ipês e das escolas. A nossa amada cidade madrasta, Santana das Lavras do Funil.

Pra apresenta mió o Sô Pirunga, casado de papel passado com dona Maria. Mãe dos falecidos prematuramente a Dóia, já prestes a se casar com o gaúcho caminhoneiro Cristiano. Do Pirunguinha, um amor de pessoa cujo vício maior era ser amigo de todos os minutos. Um que me ajudou muito na minha rocinha antes prejuizenta. Foi seu pai, Sô Pirunga, fumante quem não deixô que eu jogasse nu chão a casa onde morou meu ex retireiro Custódio noticia das piores. As boas ele não me contava.

Pirunguinha é também o nomezinho dado ao meu cãozinho da raça Border Collie que mora num paraíso de nome Camargos. Ele agora tem uma namoradinha novinha da mesma raça cujo nomezinho foi dado pelo meu netinho Gael como sendo Sky.

Eu cunheci Sô Pirunga, pai do Pirunguinha quando aqui trabaiava a sua fia Dóia. Ele, ao exame de próstata foi-lhe prontamente diagnosticado um câncer na tar glândula que, quando cresce não nos apetece e só istrapaia  e intope a marvada urina.

Ele foi interrado sua cinza cinzenta no memo cimitério onde repousam os restos mortais da querida Dóia do seu fio Pirunguinha.

Cunfome me encantoou hoje, minha prestimosa e não menos formosa enfermeira Zaninha, um amô de pessoinha.

Quando seu paizinho ainda respirava fumo de rolo. Há uma penca de banana atrais.

Ele tinha um veio radim de pia. Qui num ficava em riba da pia da cozinha da dona Maria e sim numa veia mesa sem pé nem cabeça.

E cumo Sô Pirunga amava aquele radim de pia veio como o veio da Havan. Amigu du ex  prisidente Borsonaro no borso dos otro.

Acontece, por um discuido da dona Maria, também nascidinha e com o umbigo interrado dibaixo di uma bananeira que já deu cacho na veia Macuco.

O tal radim de pia da maió afeição do Sô Pirunga terminô seus dia queimado pelo ferro de passa ropa da dona Maria.

E, memo assim funcionava mio que um montão de televisão nos tempos da briantina.

E, o desinfeliz Sô Pirunga, aos pranto pela perda do seu amado radim de pia acabou passando ele nos cobre ao amigo da onça pintada Nhô da dona Chica Bunda de Tanajura Obesa Mordedura Dura.

Ele vendeu sua prenda por miserentos cinco irreais reais.

Acontece que, avizinhava-se a copa do mundo sem fundo de futebor.

E, naquela tarde noite de sabadou, quando eis que cumeçava a ter começo a partida entre o Brasi e a Alemanha. Ele nada entendia de alemão. Cum aquele sutaque caipira macuquense.

Já sentindo sardade do seu radim de pia tão quirido.

Foi ter a casa abandonada por aquelas bandas da veia Macuco. E, oia bem o que ele feiz.

E o veio Pirunga, que intendia de teiado gasto cumo eu intendo de muié zaroia.  Aveize ele cunfundia espingarda com a veia vizinha a tontinha Emengarda.

Sintindo sardade do seu veio radim de pia inferrujada.

Acabo por cumpra ela de vorta por deis reais irreais.

 

 

 

Deixe uma resposta